segunda-feira, 27 de junho de 2011

Não tem rótulo, não tem descrição


Perguntaram-me o que pra mim seria o amor... E sabe aquele momento que as palavras fogem a voz falha e a consciência pertuba? Pronto, foi assim que reagi. Falar dos sentimentos é uma coisa muito surreal, muito intensa, muito extensa, digamos assim, sem coerência, porque de fato, os sentimentos não têm nenhum significado, não tem nenhuma cifra, não tem nenhum rótulo com descrição, acho que podemos dar como exemplo o "ar", a gente sabe que existe, mas não podemos tocar, às vezes sentimos mais intensamente, outras vezes não, às vezes nos falta, mas não sabemos onde buscar. E não tem coisa pior do que ser uma pessoa fria, ser sem sentimento, falo por experiência própria passei praticamente maior parte dos anos assim, a prova é tanto que não sou carinhosa, não sou tão melosa, sou chata, impetulante, pois ainda continuo fria, mas numa medida certa, porque agora eu entendo o que possa ser vida, quer dizer, eu acho. E é aquela velha história de sempre, é por causa dos sentimentos que aprendemos a viver e a se adequar ao modo que seja a vida, seja ela feliz ou infeliz. É isso, falar sobre sentimentos, inclusive sobre o amor, é difícil, é muito complicado, só sabemos que ele realmente existe e somente isso basta.